A doença afeta metade dos pacientes com mais de 60 anos, sendo que 65 mil cirurgias são realizadas anualmente para retirada de algum membro.
O pé diabético causa alterações que são próprias do diabetes, alteram os nervos que enervam os pés e isso vai acarretar em uma deformação da parte óssea e muscular, o que deixa o pé todo deformado.
E essas alterações levam a uma deformação tão importante que quando o paciente caminha, causa feridas às úlceras plantares porque não há circulação suficiente para cicatrizar essas feridas, acarretando em infecções tão graves como gangrenas, e esses pacientes acabam perdendo membros.
Como evitar o pé diabético em pacientes com diabetes.
Controlando os níveis glicêmicos, através da alimentação, é a primeira medida que o médico vai tomar e orientar esse paciente sobre sua alimentação.
A diabetes é uma doença que vai matando aos poucos. Não existem apenas alterações circulatórias nos pés, mas sim em todo o organismo. Então, quem tem diabetes tem que cuidar desde o início.
Se você tem algum parente que tem diabetes, fique alerta desde o início e faça exames periódicos para poder detectar a diabetes em uma fase inicial e evitar complicações futuras, tais como pé diabético, como já foi abordado anteriormente.
A diabetes também altera a situação do rim. É muito comum os diabéticos desenvolverem deficiência renal ou ficarem cegos, pois existe alteração na circulação da retina, ocasionando a perda da visão.
Outros órgãos também são afetados, como por exemplo, o coração, intestino, fígado. Todos os órgãos vascularizados que dependem da circulação podem ter alterações e sofrerem danos.
Existe alguma maneira de prever os sintomas além dos exames sobre a diabetes?
Os sintomas iniciais mais importantes da diabetes é a polifagia, que é quando se tem fome de forma constante, beber muita água, e urinar demais. Quando perceber estes sintomas, o paciente deve ficar alerta.
E a pessoa deve pensar: “será que estou tendo uma alteração no meu metabolismo?”. Elevações da glicemia podem estar levando a estes problemas. É necessário procurar o especialista para fazer um diagnóstico precoce, evitando as neuropatias que levam à formação do pé diabético.
Tratamentos e o que têm de moderno para que possamos resolver essa doença.
Fala-se muito em tratamentos modernos para a diabetes, mas o mais importante é você tratar precocemente, evitando procedimentos sem garantia de sucesso, porque depois que os danos são causados, é irreversível.
Se você tem uma alteração como pé diabético (uma gangrena), onde o único tratamento é a amputação ou uma alteração no rim, você pode tratar com hemodiálise ou transplante. Caso você tenha uma alteração na retina, existe a cirurgia a laser. Até existe a possibilidade de melhora, mas também não vai resolver.
Atualmente, a única maneira para ter um resultado eficiente contra a diabetes é o diagnóstico precoce, tratamento e uma dieta saudável, sendo assim possível ter uma boa qualidade de vida.
Atualmente, existem estudos para fazer transplante de pâncreas, além de vários outros estudos sobre o assunto, mas até o momento não existe uma cura definitiva do diabetes. O ideal é sempre buscar a prevenção.
Talvez a engenharia genética futuramente possa levar a um tratamento mais eficaz, mas atualmente, é isso que nós temos.
As consultas a um angiologista deveriam ser com que frequência?
Para quem tem o diagnóstico de diabetes, é estabelecido para que o paciente procure o especialista de forma semestral ou anual. O profissional verifica através de exames como está à circulação sanguínea, se existem alterações relevantes, e intervém para evitar complicações graves.
Fonte: Ministério da Saúde